colagem

queria falar sobre as conexões travadas em nossa vida que não conseguimos explicar, com coisas e com pessoas. laços que são criados independente de qualquer tipo de “obrigação” estipulada por regras normativas da sociedade. pra que tentar entender? pra que tentar explicar? eu prefiro vivenciar, e observar – examinar atentamente a(s) pessoa(s) e/ou o ambiente  que a(s) cerca; vigiar as próprias ações.
coisas raras que não acontecem muitas vezes na vida, é bom quando as percebemos e não deixamos escapar.

o que pode gerar unidade no que um grupo de pessoas pensa ou produz?
uma afinidade que une a vida.
afinidade por afeto – afeição, amizade, amor. objeto de afeição – sentimento de apego sincero por alguém ou algo; carinho, amizade.

independente de qualquer questão da ‘Arte’ (com A maiúsculo), o que essas pessoas produzem transpira afetos, transpira vidas que estão focadas em experimentar e trocar, e é isso que vem na minha cabeça quando penso em arte (essa com letra minúscula mesmo, que está no dia-a-dia das pessoas, inclusive sem elas perceberem).

não sei, mas acho que existe algo muito forte em objetos nos quais são depositadas vivências, em recortes de coisas que nos atingem tanto, que precisamos guardar e passar adiante de uma nova forma, de uma forma particular – relativo apenas a certos seres vivos ou a certa(s) pessoa(s) ou coisa(s).
Isso gera uma ressignificação rica e atinge outras pessoas, numa cadeia sem fim.

uma cadeia de ações micro políticas na vida, que se espalham para a sociedade através disso que eu gosto de chamar de arte.
mais uma vez acontece no neblinaº algo micro, que se expande na medida em que está em algum momento para alguém, pela necessidade que têm aqueles que fazem acontecer.
a experiência que uma pessoa tem com a arte encontra muitas pessoas simplesmente através de sua vida.

Cainã Bomilcar
Joaquim Pedro dos Santos  
Juliana Borzino 
Juliana Frontin 
Matheus Guasti
Sergio Luiz Peralta